quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

Feliz Natal 2014! :-)

O importante é viver cada momento!
E isto é ainda mais válido nesta época, em que há, de uma maneira geral, um abrandamento das rotinas dos últimos meses.
Verifica-se também, de certa forma, um "arrumar temporário" (e voluntário) de todas as preocupações cuja resolução pode ser adiada sem causar um remoer de fundo que não nos deixe gozar do espírito festivo!
Então, aproveitem! Aproveitem-se uns aos outros! Aproveitem a companhia, o calor, a magia! Ou aquele estado de espírito especial que nos leva a descontrair e a sentirmo-nos quentes e reconfortados. Aproveitem para recarregar baterias e esqueçam-se dos pontos negativos de todas as coisas! É preciso lembrar que para fazer o Mundo de alguém melhor, basta um pequeno gesto. :-) Pensar que somos incapazes de ajudar não cabe agora nem em altura alguma do ano. Da vida.
Festas Felizes!

;-)


sábado, 13 de dezembro de 2014

Conversas de criança #14: Natal de 2014 - Os preparativos

Hoje estivémos "em obras". Os preparativos para o Natal assim o exigiram.
Este ano temos, pela primeira vez, o nosso supervisor de obra que é, simultaneamente, o criativo e o decorador:


"Mamã! O L. gota de montá a ávole de Natal!"

<3

Conversas de criança #13: multiculturalidade.

No âmbito do tema deste ano lectivo na Escolinha do L., veio cá parar a casa este pequeno livro:


Provavelmente, quem tem filhos pequenos já deve conhecê-lo de trás para a frente e de olhos fechados.
Ora este livro esteve connosco durante 5 noites e 4 dias. Uma vez que se pretende fomentar a leitura no seios das famílias portuguesas (e estre os membros mais novos desde tenra idade), o tema deste ano, já devem ter adivinhado, é o Livro e a Leitura. Não vou entrar em grandes discussões sobre a escolha dos livros em si, e muito menos sobre a utilidade deste programa, sobretudo pela forma como é conduzido. De uma maneira geral, é uma boa ideia fomentar a leitura entre todos os elementos da população e quem já traz dentro de si esse gosto, poderá ser senhor das escolhas que faz e da forma como o incute na sua prole. :-)
Cá em casa, como gostamos de dar a conhecer variedade e apreciamos ainda mais as recações, lemos esta pequena história ao nosso pirralho de 2 anos e meio no decurso das 5 noites e alguns dos 4 dias em que o livro permaneceu na nossa posse.

Devo dizer desde já que dos três livros que já nos passaram pelas mãos através da Escola, este não foi o preferido do pequerrucho. Mas ainda assim gostou. E das leituras surgiu um pequeno fait divers que não posso deixar de partilhar aqui:

-  Mamã! Mamã! Oh! O L. gota do Pai Manoel!!!!"
- ??? O L. gosta de quem? Quem é o pai do Manoel???? Tu não tens nenhum coleguinha na escola chamado Manoel!!

Só depois reparei que o pirralho apontava entusiasticamente para o gorro de Pai Natal envergado pelo Pedro, na capa do livro.

Depois de ter conseguido parar finalmente de rir às gargalhadas, com o pequeno já a perguntar se eu estava bem, e todo divertido também, lá lhe consegui explicar que o Pai Natal e o Papai Noel são dois nomes diferentes para a mesma personagem. E que não estava previsto chamarem-lhe um terceiro nome.

Hahahahahahaha! Depois disto falta apenas referir que somos uma família multi-nacional. Adivinham as nacionalidades? hahahaha ;-)

quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

Sobre o flagelo do Bullying


Eu creio que uma das enormes preocupações dos pais é a chegada dos filhos à adolescência.

Se é verdade que o bullying é um fenómeno mais ou menos constante dentro das populações humanas, não é menos verdade que conseguimos lidar bem com ele até determinadas proporções. Quando estas são ultrapassadas, chega a assumir contornos criminosos e de atentado contra os direitos básicos das pessoas.

As formas de bullying que mais me assustam e exasperam são as que estão ligadas à disseminação via internet dos mais requintados actos de crueldade, sadicamente filmados e amplamente divulgados, com vista a denegrir a imagem de alguém perante o seu universo social restrito. O medo de ficar mal visto, a insegurança gerada, os complexos e a repetição de actos de terror psicológico de forma prolongada no tempo, mais ou menos anónima, podem levar a consequências catastróficas; se não a morte, a vontade de desaparecer, de morrer, pelo menos uma marca traumática de dimensões tais que acompanha a vítima até à idade adulta e que pode prejudicar o seu relacionamento com quem lhe é próximo (para não falar da sociedade em geral).

O bullying está intimamente ligado a questões de auto-estima.

Os bullies, que se servem do anonimato e da sub-repção para rebaixarem as suas vítimas, geralmente sofrem de graves perturbações de auto-estima e necessitam de recorrer à violência para dominarem os outros e assim sentirem-se fortes e aceites. Em geral escolhem indivíduos também inseguros e influenciáveis, mas cuja personalidade, quiçá educação, não lhes permitem agir da mesma forma violenta. São vítimas fáceis e que raramente se defendem. Acreditam no que lhes é dito e são, por isso mesmo, facilmente manipuláveis.
A meu ver, esta deve ser a forma de bullying mais difícil de combater porque geralmente ocorre entre indivíduos que estão, fisicamente, presentes no quotidiano uns dos outros e por isso torna-se complicado evitá-la quer fugindo, quer tentando contornar. É preciso enfrentar. É o tipo de bullying mais frequente entre adolescentes que frequentam os mesmos locais de forma regular.

É fundamental que os pais se esforcem por criar um clima de atenção e presença constante (sem sufocar nem manipular) em casa, que permita ao adolescente sentir-se confiante e seguro, de modo a poder contar com a família para resolver os problemas da melhor forma possível. A família deverá esforçar-se por apresentar sugestões e soluções para os problemas, sem demasiada intrusão ou sem fazer intervenções que prejudiquem a confiança ou que possam fazer com que o adolescente se sinta mal-visto entre os seus pares, na escola ou fora dela.

O bullying anónimo, que geralmente tem origem na exposição às redes sociais, é outro grande problema. Há várias formas de lidar com ele, mas nem sempre é fácil (julgo que depende um pouco do à-vontade e auto-confiança de quem lida com este tipo de bullying). Há quem desista da sua posição social, há quem opte por responder espirituosamente, há quem opte por escrever posts sobre o assunto, há quem decida ignorar... 

Os haters são sobejamente conhecidos no mundo cibernauta e também assumem vários perfis diferentes. Alguns terão, alegadamente, inveja de quem seguem, outros irritam-se com as opiniões emitidas, sobretudo se vão contra a sua, outros dedicam-se a deixar comentários impertinentes e insultuosos apenas porque não gostam dos conteúdos publicados na página...
Esta resposta que passo a mostrar não é sempre possível, mas com um bocadinho de trabalho de investigação de perfis nas redes sociais não será a coisa mais difícil de fazer:



Eu não gostaria de estar na pele daquela mãe. É certo que Educar é uma tarefa complexa: a personalidade de cada um adquire contornos que não controlamos nem são passíveis mudança (traços genéticos de personalidade). Mas acredito que é possível fazer muito no sentido de equipar os nossos educandos com um pacote de valores morais que os impeçam de ultrapassar certos limites e de atentar contra a liberdade dos outros.

quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

Progressos. :-)

Se é (também) o nosso aspecto físico e o facto de estarmos contentes dentro do nosso corpo, que nos permite parte da nossa felicidade, ou se é o nosso estado de felicidade (por um conjunto de coisas), que determina a forma como nos vemos ao espelho, não sei.

Sei que olhar para o espelho e sentirmo-nos bem com o que vemos, a ponto de esboçar um sorriso distraído, é compensador e liberta energias positivas. Sentirmo-nos bem connosco próprios, incluindo na nossa pele e com a nossa pele, já tem sido sobejamente discutido aqui neste blogue e continuará a se-lo, sabemos bem, é algo que mexe profundamente connosco. No sentido positivo. Lá diz Bruce Kasanoff que a melhor forma de ser ridiculously likable, é estarmos 100% confortáveis na nossa pele. Em todos os aspectos.

E não é por não continuar a falar no assunto até à exaustão, que deixei de trabalhar para atingir a forma que uma vez tive e de que gostava. Sentia-me bem: boa saúde e bons níveis de auto-estima. Força para enfrentar os desafios do dia-a-dia. E continua o exercício, continua sobretudo a reeducação alimentar. Agora, já não tanto reeducação, mas manutenção. E beber água. Muita água. O acto de beber água já não é tanto uma parte de uma rotina alimentar saudável, já chega a ser um hábito de vida saudável.

Esta declaração merece o seu parágrafo: o esforço para vencer o vício da preguiça e da alimentação desregrada, compensa.

Saldo de 4 meses e meio de re-educação mental (sobretudo):

- 9,5 Kg a menos
- redução substancial da camada de celulite, sobretudo nas nádegas, mas ainda falta um pouco nas pernas (ainda falta muito para a próxima época de praia? XD)
- redução substancial do inchaço geral - edema (ah, e tivessem visto a minha cara de felicidade ao constatar que tinha voltado a ter tornozelos!)
- voltei a vestir o meu querido 38! :-D


Lista de disclaimers:

- Ignorem o ângulo estranho, mas foi o melhor que consegui para ilustrar não sei bem o quê, na verdade. :-P
- Parece que tenho que arranjar um fotógrafo que me ajude nestas alturas.
- ...

Lista de pontos positivos:

- O cardigan nunca foi muito grande, mas há 4 meses e meio não o conseguia vestir sem ficar com "barrigas" abertas entre cada dois botões. Ou seja: eu não cabia nele. Agora o facto de vestir copa GG (sim, leram bem. Em tamanho correcto, é GG... :-P ). Já não implica que não possa vestir camisas ou outras peças de roupa de abotoar à frente. ;-)

- Parece que afinal o tamanho 38 em calças até chega a ser folgado.. eheh

- Voltei a usar confortavelmente roupa que já tinha deixado de usar há uns anos.

- Voltei a gostar de ir às compras em lojas físicas. Hum... A colocação deste ponto na lista de aspectos positivos é ainda a ponderar, já que "gostar de ir às compras" pode significar... Sarilhos. :-P

- Voltei a comprar (e a usar!) saias e vestidos! :-D

Planos futuros:

- A manutenção e aperfeiçoamento são "trabalhos" que não têm fim. Chegadas a este ponto, o cruzar os braços e suspirar "já está", só leva a que volte tudo a ficar como estava. O segredo é arregaçar as mangas e dizer "agora vamos "limar arestas" e trabalhar sempre na manutenção". Voilà! ;-) (o outro segredo é beber muita água e pôr de parte gomas e refrigerantes. :-P)


domingo, 30 de novembro de 2014

Conversas de criança #12: as estrelas e as luas

Há já alguns largos meses (acho que até já faz quase 2 anos, na verdade), comprei um projectorzinho para o quarto do pirralho. Trata-se de um objecto de maus acabamentos e que tem uma opção de som que é terrível e que já está banida há muito tempo.

O próprio pirralho já sabe papaguear que "o som da tataúga é muuuuuuito chato". E já aprendeu qual é o botão proibido e tudo!

Há coisa de dois anos atrás, o puto tinha 6 meses e não ligava nenhuma ao tal projectorzinho em formato de tartaruga. Quando fez um ano, arrancou as patas e a cabeça, que eram de peluche e muito mal coladas, e restou um fóssil de carapaça, com LEDs dentro, e com os recortes das estrelas permanecendo intactos.

Quando fez 2 anos, começou a achar piada e, finalmente, aos dois anos e meio, não quer outra coisa. Eu, que já me tinha arrependido de comprar aquilo pelo menos umas 300 vezes (mais vez, menos vez), agora tornei-me insuportável no meu alívio de mãe útil, no meu repetir incansável: "uf! afinal fiz bem em ter comprado a geringonça!". Já toda a gente sorri para mim com aquele ar condescendente de quem diz "sim, ok, fizeste uma boa compra porque o miúdo até gosta de ver o quarto forrado de estrelas e luas coloridas, mas não viria mal ao mundo se tal brinquedo não existisse na sua vida". Sim, mas ele fica feliz a apontar a tartaruga em todas as direcções e deixou de ter medo de estar às escuras. Agora até acha divertido e já quase privilegia "as estrelas e as luas" em detrimento do mobile que também projecta uma imagem hipnotizadora no tecto do quarto.

Ora, na manhã gelada de ontem, o piqueno acorda todo energético e chama pelo papá e pela mamã. O papá e a mamã resmungam, viram-se para o outro lado e continuam a desejar que o piqueno faça o mesmo. Mas não há hipótese. O sono de 6ª para Sábado está terminado.

E lá vamos nós ter com o pirralho. Somos recebidos com uma grande festa! Como sempre que é fim-de-semana! E não há manhã fria de inverno que não fique logo aquecida! :-D

Abre-se a janela, liga-se o aquecedor e brinca-se até a temperatura atingir um nível decente para se poder retirar as camadas de roupa com que o piqueno dorme (body, pijama e saco-cama-pijama polar. Para quem detesta mantas, tem que ser assim mesmo).
Mas...

- "Qué fechá janela!" (repetido em tom crescente, até que a janela seja fechada)
- "Qué estelas e as luas!"
- "Não, L.. Agora está na hora de trocar de roupa para irmos tomar o pequeno-almoço juntos e depois irmos brincar!" (com uma tentativa de sorriso contagiante no rosto)
- "Nãaaaaao! Qué as estelas e as luas!"
- "Ha ha! Agora vamos vestir para tomar o pequeno-almoço! As estrelas e as luas ficam para logo à noite, quando fores dormir. Ou então para daqui a umas horas, quando fores dormir a sesta!"
- ...
- "Mamã! Qé fechá janela! Qué domi a sesta!"

E esta, hein? XD


domingo, 16 de novembro de 2014

Conversas de criança #11: a ESA, os cometas e a Rosetta

Mostrei isto ao pirralho, acompanhado da devida (e simplificada) explicação:



E agora, de hora em hora é isto:

"Ó mamã! Outa vez as pedas! Qué vê!"

E fica pasmado a olhar e a ouvir. :-D



Disclaimer: juro que não fui eu que chamei pedra ao cometa! :-P

sábado, 15 de novembro de 2014

A perfeição da diversidade

Às vezes é assim. Há assuntos que se repetem mesmo sem que se queira muito. Mas dei de caras com uma imagem que me despertou aqui o bichinho da escrita e é para isso mesmo que serve um blogue. Escrever. E partilhar pensamentos.

Há dias, uma marca de lingerie sobejamente conhecida lançou uma campanha com uma fotografia de várias modelos de passerelle (ou com parâmetros corporais/medidas semelhantes) adornadas com os respectivos soutiens e cuecas.

Na imagem lia-se "The Perfect "Body"".

Logo estalou a polémica. Muitas queixavam-se que o corpo perfeito não era aquilo. Que a marca estava a querer, mais uma vez, transformar a Mulher numa escrava do seu corpo. Dos padrões. Das medidas. Outras diziam que "The perfect Body" era apenas o nome da linha de lingerie da marca (pois, como se esse nome tivesse sido escolhido de forma inocente. Yeah, right).

Os homens que se aventuravam a comentar, eram mais pragmáticos nos seus comentários: uns diziam que corpos assim eram esteticamente agradáveis. Outros diziam que não gostavam de ossos.

No fundo é só mesmo isto: uma marca a querer dar que falar. É só isto. Porque nem sequer se trata de uma questão feminista. Não é querer pôr a mulher a pensar que tem que agradar ao homem com lingerie bonitinha. Não é querer pôr a mulher a sentir-se bem consigo mesma, no seu corpo. Não é querer que as mulheres se rejam todas pelo mesmo padrão. Ponham uma coisa na cabeça: o que está na "cabeça" das marcas é, unica e exclusivamente, vender. E quando se desenha toda uma colecção de trapos (com medidas totalmente desadequadas, digo já), é preciso conseguir vendê-la. E não passa disso. É só buzz. Quanto mais se falar, melhor! Um tiro no pé? Nada disso! Fale-se mal ou bem, fala-se. E as pessoas compram. A fotografia anda a circular na internet.

Sobre a questão de agradar aos outros: como se vê pelos comentários, uns gostam de umas coisas, outros de outras. Não há "todos os homens gostam de mulheres de passerelle". Não há "todos os homens gostam de mulheres com curvas". Há diversidade. E a campanha da concorrência, que inclui medidas bem mais diversificadas do que a primeira marca, é mais inteligente (apesar de não ser uma aposta original. É apenas uma resposta!). A inteligência vende menos. É certo. Há que alertar para e divulgar o princípio da diversidade! ;-)


segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Conversas de criança #10: como colocar um sorriso no rosto de uma mamã cansada


Às vezes há dias que nos deixam assim... uó...
Mas depois ouvimos isto:

"-Mamã, mamã!"
"- Diz, filhote!"
"-'stamos todos na xala!"
"-Pois estamos!"
E depois, apontando para cada item enumerado:
"-Mamã, papá, TV, telefone..."
-"Pexas, lego..."
(pausa)
...
-"Coijas..."
-"Papel,  bola, pato, cavalo..."

Hahahaha! Não sabia o que era, mas não podia deixar de as enumerar!

quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Sobre a arte de "ser do contra":

No meu folhear diário do mundo dos Blogues, vou estanto atenta a novos espaços, novas mensagens, outras opiniões, outras visões, outras formas de pensar e de se manifestar.
Tenho uma certa tendência para entrar em todos os que me aparecem pela frente e de uma maneira geral acrescento à lista de blogues seguidos, para voltar quando surgir o próximo post.
Por vezes, quando tenho tempo, vou aos arquivos e leio mensagens mais antigas.

Há blogues que me fazem perder a noção do tempo e devoro-os de uma ponta à outra. A ponto de, quando encontro o fatídico ponto em que já não há o link "mensagens antigas", sentir uma pontinha de desilusão: "Oooh... já acabou?".

Há blogues que... Fico assim... Na dúvida. E espero pelo próximo post.

Há blogues que começo por seguir sofregamente, mas que depois acabam por me cansar. E em geral, estes blogues são escritos por pessoas que apreciam o escárnio, a troça, a crítica destrutiva, o lifestyle "do contra". Não é que me soem falsos. Nada disso. Até acredito que a amargura e o descontentamento estão tão enraizados que já não conseguem ver o lado bom das coisas. E até acabam por soar a uma certa escrita para os outros... Uma escrita defensiva e que acaba por desinteressar por isso mesmo: pela constante "agressão" a que é submetido constantemente o leitor que a frequenta de forma assídua. É cansativo. E o negativismo, cuidem-se, é contagioso e viciante. Cuidado.

Mas as coisas têm um lado bom. Todas. Sem excepção. Pelo menos de acordo com os padrões de vida "ocidentais". E mais especificamente, europeus. E se há coisas que nos deixam descontentes, o melhor remédio é levantar o cú da cadeira e fazer alguma coisa acerca disso. Se não, perde-se o direito à queixa. Pelo menos para quem fala de barriga cheia. Se a "queixa" é relativamente à forma de escrever de alguém, por exemplo, é muito simples: não leia. Ou então faça uma crítica construtiva.

Se há coisa que não suporto é a crítica destrutiva. Pelo mero prazer de deitar abaixo. De escarnecer. Com um tom de superioridade que até através da escrita é inequivocamente perceptível.

Os blogues "do contra" aborrecem-me por isso. Porque se limitam a ser do contra, só para serem do contra.

Cada vez mais noto que os blogues onde mais permaneço são daqueles autores que os usam ou como diário pessoal, ou como ponto de tertúlia para discussão dos mais variados assuntos. Assumindo que são opiniões pessoais, mas aceitando opiniões diferentes. Os Blogues que mais me convidam a permanecer e/ou a voltar, são aqueles que manifestam uma panóplia de sentimentos e emoções. Porque sentir é humano. E manifestar-se feliz, triste, zangado, irritado, partilhar opiniões, ou a ementa do almoço ou o look de uma reunião de trabalho, é humano. Claro que há formas e formas de o fazer, mas de uma maneira geral, gosto da genuinidade e mesmo da ingenuidade de que estão imbuídos alguns dos blogues que frequento. E do espírito descontraído de outros. Bem como o ambiente familiar comum a todos os blogues que frequento e a que gosto de regressar.

Mantenham-se assim, porque o Mundo torna-se um lugar menos inóspito quando se sente que há ainda quem o veja pelo lado bom: não totalmente desprovidos de realismo, mas também não assoberbados de negatividade.

Venham daí as imagens idílicas (pictóricas ou descritas) porque esses lugares existem neste Mundo!


quarta-feira, 5 de novembro de 2014

Dúvidas

Dúvida existencial/supersticiosa do dia:

Se pensarmos numa coisa e depois nos dissermos a nós próprios que é melhor não dizer alto para não agoirar... Já é tarde demais, não é? O simples facto de termos pensado, já soltou o agoiro, não? Afinal de contas, corolário de um pensamento muito conhecido, se pensamos em algo, esse algo existe (bem como nós próprios), certo? E esta, hein? hahahaha ;-)

(imagem retirada daqui)




domingo, 2 de novembro de 2014

Conversas de criança #9: mais uma vez se prova que a lógica infantil é a toda a prova...


"Mamã, mamã!!! As nuvens xtá xtagadas...!"
...



Conversas de criança #8: etiqueta e boa educação.

- "Ó mamã! Mamã! Abe ixo! Abe XêDê! XeFáxavôli!"
- ... (abrindo a caixa do CD, toda derretida pelo "se faz favor" voluntário).
- "Ponto! Tá abido! Bigado!"

Oooops! Correcção feita, acho que posso dizer que estamos no bom caminho relativamente aos bons modos... ;-)

sábado, 1 de novembro de 2014

O amor pelos passeios nocturnos: felizmente parece que é hereditário! :-D

Dia 1 de Novembro de 2014.

Esta noite ficará para a história das minhas vivências e respectivas recordações como uma das melhores e mais tranquilas de sempre. :-)
Bom, sendo eu uma noctívaga nata, este arquivo é extenso, como devem imaginar. Mas cada uma é recordada com a vividez com que foi experienciada: cheiro por cheiro, emoção por emoção, sabor por sabor.
Sempre gostei de sair à noite. No Verão, sou capaz (ou era) de estar o dia inteiro em casa e sair à noite, pela fresquinha. Sempre gostei de noites mornas, com aragens de carícia e aromas sêcos e doces de folhagem, maresia e férias (mesmo que não estivesse de férias). Não é um sair para voltar a entrar (gosto de me sentar num bar acolhedor e intimista com um grupinho de amigos em amena cavaqueira, mas detesto ir enfiar-me em discotecas - e fiz a experiência várias vezes para ver se era mesmo assim ou se seria eu o bicho raro). É um sair para desfrutar da rua. Da aventura, do caminho sem rumo definido.

Num ano em que o Verão foi pobre em noites como as que aprecio, e num dia de Novembro que em nada augurava uma noite assim, uma família de 3 foi abençoada pelos deuses do clima. Na verdade, várias famílias de tamanhos diversos. Havia mais pessoas na rua, todos transparecendo a tranquilidade de quem arrisca sair e é brindado com um entardecer rápido, mas ameno. Uma quase exclusividade, já que havia muito menos pessoas na rua do que uma tarde destas merecia. Pelo menos a pé.

Quase nem saíamos. Ficámos o dia todo em casa, mas depois do almoço tardio, decidi que não podíamos acabar o dia sem pelo menos ir dar uma volta a pé pelo bairro.

"- L., vamos sair para passear.
- Não!
- ... (se tivesse dito "sim" é que eu ia ficar surpreendida...)
- Vá, L., ninguém te perguntou nada. Vamos sair (quem tem um fedelho de 2 anos e quase meio, sabe que a firmeza tem que ser usada sem parcimónia)."

Lá consegui calçar-lhe os sapatos e vestir-lhe um casaquinho. Saímos. Demos a volta ao quarteirão, descemos uma escadaria, subimos uma rampa e:

" - Vamos paxeá ao Xadim!"

Está bem. Vamos lá ao jardim. Entra a família no carro e 15 minutos depois, estavamos todos novamente a sair do carro, já no jardim. Depois ainda manifestou vontade de ir passear de comboio (se pudesse, agora, era capaz de ficar no comboio desde manhã até à noite, de lá para cá, de cá para lá... Ou então, sentado num banco numa gare, a vê-los passar). Mas felizmente contentou-se a ver uma composição a passar ao longe.

Fiquei feliz por constatar que o meu rebento aprecia um passeio ao "lusco fusco" (agora lembrei-me do sketch do "lusque-faiske" dos Gato Fedorento, mas essa é toda uma outra estória! ;-) ). Não se deixou intimidar pelas sombras e corria feliz pelos arruamentos do jardim como quem persegue figuras invisíveis e como quem foge para desafiar os pais, divididos entre a preocupação em evitar o mergulho involuntário no fontanário (mania de ir a correr numa direcção de cabeça virada na direcção oposta) e a risota divertida contagiada por um sorriso infantil e feliz.

Sim, este anoitecer ficou aqui no arquivo mental dos anoiteceres especiais. :-)


Clarisonic, essa varinha mágica ultrasónica

Apesar de o equipamento de que se fala abaixo ser extremamente útil também para os homens, vou deixá-los em paz a experimentar o mundo maravilhoso dos esfoliantes de rosto, e vou desde já advertir que este post será claramente mais interessante para as mulheres que procuram optimizar a sua rotina de cuidados com a pele do rosto.

Eu sempre fui uma mulher muito prática. Às vezes até demais. Por vezes esquecia-me de cuidar de mim. Porque havia sempre outras coisas mais importantes, produtivas ou divertidas para fazer. Com o tempo, essa atitude perante os cuidados comigo foi mudando. Creio que talvez isso aconteça sempre, a qualquer mulher, a umas mais tarde, a outras mais cedo.

Recentemente decidi procurar uma rotina de cuidados diários da pele do rosto, que sempre teve um ar algo "massacrado". Quer por questões de sensibilidade, quer por "maus tratos" (ou não-cuidados) após o desporto, por vezes em condições adversas de exposição ao sol e ao sal do mar. Também por alguma tendência para acne nos tempos de juventude (que deixou bastantes cicatrizes).

Confesso: não tenho grande paciência para procurar cremes e rotinas que se adaptem ao meu tipo de pele: mista, sensível e com sardas (de que gosto imenso, e que acabam por se perder no meio de vermelhidão, manchas e cicatrizes).

Descobri que mais vale não usar nada do que usar produtos desadequados. Descobri alergias, sensibilidades extremas, virei-me para os produtos mais naturais e orgânicos e passei a dar ouvidos à minha mãe que sempre me disse que nestas coisas, o barato pode sair muito caro. Caríssimo.

Recentemente, decidi que devia, por mim, insistir na procura de uma rotina adequada de limpeza e cuidados com a pele. E ao ler este post e depois investigando um pouco sobre o tema da importância da limpeza adequada e sobre os métodos disponíveis, resolvi olhar mais de perto para as máquinas/escovas de limpeza ultrasonica. Já amplamente disponíveis no mercado, com várias marcas, cores, formatos e dureza das escovas adequadas a cada tipo de pele e objectivo de limpeza. 

Podia ter sido outra marca qualquer, mas foi a Clarisonic, modelo Mia2.
No post que referi acima, é este o modelo apresentado, e foi por esse que comecei as minhas pesquisas. E pesquisei muito. Eu gosto de o fazer. E li muitas "reviews" sobre este sistema, este modelo e esta marca. Muitas mulheres afirmavam que a Clarisonic fazia milagres pela pele. Outras referiam que tinham tido que arrumar a sua Mia2 no fundo da gaveta porque após a primeira semana de utilização tinham ficado com problemas agudos de acne que só voltavam a acalmar quando paravam de usar a escova. Não é de ânimo leve que se toma uma decisão com base em reviews tão dispares. Sobretudo quando se tem uma pele nada fácil em termos de sensibildiade. Procurei mais reviews. E já estava quase a desistir, quando encontrei a review mais sensata que alguma vez poderia ter encontrado sobre esta máquina. Infelizmente não guardei o link, mas resumidamente ela referia a mesma dificuldade na escolha com base em reviews "8 ou 80". E tinha também tendência para pele reactiva, como a minha. A Clarisonic recomenda o uso diário do seu aparelho, e vai mais longe: para demonstrar a elevada tolerância do seu sistema, refere o uso duas vezes ao dia. De manhã, e à noite. Ora, é preciso ter em conta que a marca não iria dizer outra coisa. E que os testes são sempre feitos em pessoas com a pele normal e sem grandes historiais de intolerância ou complicações.
Além de haver possibilidade de escolher escovas menos duras e proprias para peles mais sensíveis, há também a possibilidade de se adaptar uma rotina de frequência de utilização que se adeque ao nosso tipo de pele. E foi isso que essa tal "review" decisiva reforçou. Ela deu-se bem com a utilização a 3 vezes por semana, à noite. E estava radiante com a sua Clarisonic. E eu resolvi adquirir a minha também. Encontrei uma excelente promoção e lá a mandei vir.

Não me vou aqui prender com considerações e explicações acerca do modo de utilização em si. Para isso, qualquer manual online serve. E mesmo no site da própria marca descobrirão desde as caixinhas para viagem (incluidas na compra) até à forma de carregar a bateria, bastante original, e que tornam este aparelho utilizável até no duche!

Vou sim referir qual a rotina que encontrei e com a qual me dou tão bem que agora, além de não ter nenhuma daquelas erupções esporádicas irritantes, sinto a pele realmente limpa e noto que esta absorve qualquer tratamento que faça. Nomeadamente a hidratação e regeneração nocturnas. :-)

1 - A Clarisonic Mia2 vem com uma escova "sensitive". Por isso não me preocupei em escolher outra, pois além de conhecer bem a minha pele, a marca recomenda esta escova mais macia para estreantes neste método de limpeza.



2 - Decidi experimentar uma rotina diária, mas apenas à noite. E interrompo duas vezes por semana para fazer uma esfoliação com um sabão esfoliante (já referi que estou a usar o da Green People, mas em breve irei experimentar um de uso diário da Burt's Bees. Depois conto-vos sobre isso).

3 - O produto de limpeza usado (ou cleanser), é da vossa escolha. A Mia2 vem com uma amostra de cleanser Clarisonic (que ainda não experimentei), mas eu estava a usar o da Green People e só quando terminar é que vou experimentar o que veio com o aparelho.

Ainda relativamente a produtos de limpeza específicos, julgo importante referir que mais tarde irei mudar para o da Caudalie, marca que estou a descobrir agora e que tenho gostado muito! Mais reviews sobre os produtos Caudalie que estou a usar, mais para a frente, pois preciso de ter tempo suficiente para atestar os efeitos e partilhar convosco as minhas impressões. Gosto de fazer sugestões fidedignas, com pés e cabeça. E isso só é possível com tempo. Ou seja, não é com amostras, nem em dois dias. É com embalagem "full size" e com o tempo suficiente para poder dizer que fez efeito (e que efeito foi esse), ou que não fez nada. Nem é justo para as próprias marcas estar a declarar reviews sobre amostras.

Cuidados a ter com o aparelho:

Eu enxaguo muito bem após cada utilização e, uma vez por semana retiro a escova e lavo-a abundantemente com o produto de limpeza que uso para os pincéis da maquilhagem. O meu sabão para pincéis é o da Bare Escentuals (a marca que fabrica a linha Bare Minerals).

E concluindo com os efeitos da experiência: 

Recomendo vivamente a Clarisonic!!
À noite perco um minuto a lavar a cara em profundidade, e como é nítida a sensação de limpeza após enxaguamento!, tonifico o rosto com a loção tonificante da Caudalie, coloco o creme de noite para os olhos, o creme de noite da Palmers e vou-me deitar com uma sensação de frescura, limpeza e hidratação que nem vos consigo transmitir por palavras. Todas as manhãs acordo com a pele lisa, macia, não oleosa e nutrida. Sem manchas, sem irritações. Consegui finalmente chegar a este ponto e estou contente. Quando terminar o creme de noite da Palmers, irei experimentar o correspondente da Caudalie. Depois decido com qual fico.
De manhã, passo uma água micelar rapidamente, depois a loção tonificante, o serum de dia para os olhos (ainda o Mama Mio que referi aqui), e finalizo com o creme de dia sem fragrância para peles sensíveis da Palmers (é o único que não me deixa cheia de comichões e alergias no rosto. Adoro!).

Dicas adicionais:

A Mia2 tem um temporizador que, depois de alguns avisos sonoros para passar para a próxima área do rosto a limpar, desliga ao fim de um minuto. Podem ligá-la por um minuto adicional para limparem também a região do pescoço e do peito, para prepararem a pele também dessas áreas para algum tratamento de hidratação ou refirmação que estejam a seguir.

Se precisarem de qualquer esclarecimento adicional, deixem as vossas dúvidas na caixa de comentários! :-)


terça-feira, 28 de outubro de 2014

Happy (bitter, dark) Halloween!


Não é o consumo de chocolate que ajuda a reverter os efeitos do envelhecimento na memória, mas sim o cacau nele presente (e os seus flavonoides). Só o consumo de chocolate "preto" (ou amargo), contendo entre 45% a 80% de cacau é eficaz no que respeita a todos aqueles benefícios apregoados para o chocolate. ;-)

Feliz (e amargo) Halloween! :-D

Este link explica mais detalhadamente o processo de envelhecimento, a perda de memória como efeito colateral e os efeitos dos flavonoides na reversão desse processo.

sábado, 25 de outubro de 2014

Music on, World off.

  

Toda eu sou música. Desde pequena. Comecei inventando letras novas para melodias cansadas. Não sei que idade teria quando comecei. Lembro-me de estar a cantar no duche quando tinha uns 5-6 anos. Talvez menos. Sempre dancei. Orientada ou de forma auto-didacta. Sempre cantei. Nunca orientada, sempre de forma auto-didacta. 
Uma vez disseram-me "cantas bem, mas não me aqueces o coração". Acho que me partiram um bocadinho o coração nesse momento. De que serve cantar bem, se não se aquece o coração de quem nos ouve? Mas o pior era eu parecer um disco riscado. Nunca memorizava uma letra do princípio ao fim. E aperfeiçoava os refrões ou as frases que mais me diziam repetindo-as até à exaustão. Creio que sou daqueles casos com, talvez, algum talento, mas que não trabalharam para o fazer florescer. É isso. Tivera eu dado-me ao trabalho de memorizar ao menos uma letra do início ao fim e talvez estivesse hoje a cantar estas linhas num qualquer palco da noite Lisboeta. Ha! 
Fui, assim, deixando de cantar. Mas sempre dancei. Desde dança Jazz, até Danças Orientais, passando pela "fusão", Zumba, Hip Hop, entre outras modalidades.
Dançar é a única coisa que me livra completamente das frustrações do dia-a-dia. Gosto de dançar sozinha. Meço o espaço à minha volta, cerro os olhos e deixo-me infiltar pela música. E ela penetra por todos os poros. E, de olhos cerrados, parece até que duplica o sentido da audição. E o coração chega a bater ao mesmo ritmo da música. E a minha cabeça enche-se de imagens, sonhos, enredos. E fujo do quotidiano por 5 minutos, ou uma hora. Depende do tempo que há disponível. Mas cada minuto vale por uma eternidade de paz e harmonia! 
Não consigo sequer começar a explicar-vos o efeito que a música tem em mim. :-)
"Music on, World off", sou eu.
Aliás, nunca consegui estudar com música. Nem adormecer. Quando me dedico à música, todo o resto se apaga. Até quando conduzo e surge no rádio uma música da minha preferência, parece que sou outra, por momentos. Sinto-me a maior. Os óculos escuros postos, as mãos a tamborilar no volante ao ritmo certo, os movimentos do ombros, os lábios a mover-se ao ritmo da voz de quem canta. hahahaha! É todo um teatro que monto, por momentos. Gosto de o fazer. Gosto da forma como a música certa mexe comigo.
E no meu leitor de MP3/MP4 existe um repertório tão vasto que vai desde isto:  



Até isto:


(Lhasa de Sela é das minhas cantoras/compositoras/escritoras favoritas. Infelizmente, o cancro da mama levou-a a 1 de Janeiro de 2010, e desde então, o mundo é um lugar mais pobre)

Passando por isto,



isto,



isto,


isto,



isto...



Isto,



entre muitas, tantas, outras coisas.
Música que não me invoca memórias, sonhos, arrepios, pele de galinha, não entra na minha vasta lista. Esta pequena amostra não a representa. De todo.

Gosto de viver tudo com a intensidade de quem vê e ouve pela primeira vez. De cada vez.


quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Novidades prestes a sair do forno! Stay tuned! ;-)

Em breve haverá novidades aqui no Desirable! :-)

E além dessas novidades, está um post novo em preparação! Trata-se de uma "review" em profundidade de uma ferramenta para ajudar na rotina diária da limpeza da pele do rosto. Recomendo vivamente!

Tendências Outono/Inverno 2014: Corvos Marinhos!!!

E eis que, há já alguns dias, chegaram estes meninos:

(Fotografia retirada daqui)
E agora é vê-los novamente pela janela do comboio a secar as asas ao sol da manhã. Os corvos marinhos comuns e de faces brancas são visitantes sazonais da nossa costa. Chegam assiduamente no Outono e partem na Primavera seguinte. E neste entretanto em que permanecem, é vê-los mergulhar para apanhar peixe, voltar à superfície, onde apenas se vê um pescoço esguio e elegantemente curvo, qual periscópio, na ponta do qual surge uma cabeça altamente hidro-dinâmica e um bico afilado e longo. São mergulhadores exímios e de repente desaparecem de novo para baixo de água, surgindo apenas longos minutos depois, noutro local completamente imprevisível.

(Fotografia retirada daqui)
Chegam a percorrer debaixo de água distâncias num raio de 200 mts. O que para um bicho de escassos 60cm de comprimento é, no mínimo, respeitável. Estas aves possuem as pernas implantadas bem na extremidade posterior do corpo, para conseguirem maior impulsionamento quando nadam. São também nadadores exímios!

(Fotografia retirada daqui)

Os corvos marinhos não possuem isolamento térmico proporcionado pelo óleo com que outras aves aquáticas (por exemplo os patos e os cisnes) impermeabilizam as suas penas. Isto permite-lhes mergulhar mais fundo e nadar mais longe. Mas obriga-os a esforços maiores para levantar voo a partir da água.


(Fotografias retiradas daqui)
Bem como uma paragem forçada para secar as penas. É vê-los de asas abertas, em pontões e rochas, como se de um estendal vivo se tratasse.

(Fotografia retirada daqui)
Já vos disse que todos os anos aguardo ansiosamente a chegada destes visitantes? :-)

quarta-feira, 22 de outubro de 2014

Sobre a promiscuidade entre a vida profissional e a vida privada

Isto anda mesmo mal de tempo... "Chiçapenicochapéudecôco", como diria a mãe de uma grande amiga minha e, por conseguinte, a minha amiga também. E agora eu.

Adiante:

É impressionante a forma brutal como a nossa vida profissional de imuscui na nossa vida privada. Mesmo que digamos que não, que quando saímos do escritório deixamos as papeladas e os embróglios por resolver em cima da secretária até ao dia seguinte.

Enfim, talvez isso até seja verdade para quem tem um trabalho rotineiro e constante. Se bem que, hoje em dia, isso é cada vez mais raro. A maior tendência é trabalhar-se por projectos. Cada vez mais. E nesse sentido, haverá obrigatoriamente momentos em que toda a equipa é afectada pelo stress dos prazos a cumprir (desde o gestor de projectos, até aos executores, passando por todos os colaboradores que houver numa equipa, e isto muda de acordo com a área e a empresa e/ou as dimensões do projecto em questão).

Se fossem só os prazos, não seria demasiado complicado. Saberíamos exactamente o tempo que demoraríamos a executar cada tarefa, comunicaríamos ao gestor e ele transmitiria ao cliente um "sim" ou um "não" claros e realistas. O problema são todas as variáveis que não controlamos. Primeiro vem a vontade de satisfazer o cliente, e as contas de tempo são quase sempre arredondadas de forma demasiado optimista (demasiado, no sentido de se perder aquela margem de manobra confortável que é o desejo mais raro de ser realizado no mundo da gestão de projectos). Depois vem a Lei de Murphy, sempre a verificar-se: se algo pode correr mal, vai correr mal certamente. E isto verifica-se de uma forma proporcional à complexidade e dimensão do projecto.
O desgaste físico, emocional e mental de um gestor de projectos é também directamente proporcional ao número de colaboradores (e factores que podem correr mal) que tem a seu cargo. E o desgaste de cada um dos colaboradores também não é, de forma alguma, desprezível nesta equação.


Nas alturas em que um projecto a decorrer se aproxima perigosamente do prazo e começa a surgir uma torrente de imprevistos (desalfandegamentos que não decorrem nos tempos habituais, fornecedores que não cumprem prazos de entrega, clientes que esperam até à última para formalizar adjudicações, ou derrapagens nos tempos de execução por problemas de ordem técnica (que podem ser de várias origens), chega-se a ficar "impróprio para consumo" durante dias a fio, e por vezes até semanas a fio. Quando não meses (sobretudo porque não há nunca só um projecto. Quando surgem, surgem sempre vários ao mesmo tempo)! Às vezes nem sequer há tempo para comer, durante o dia, o cérebro não descansa, durante a noite, e andamos cansados, sem paciência, não conseguimos libertar-nos do stress do que supostamente deveríamos ter deixado no escritório à nossa espera até ao dia seguinte. Não dormimos bem, não temos ânimo para escrever, ou fazer o que quer se seja que nos dê prazer em circunstâncias normais.

Sentimo-nos culpados porque não conseguimos dedicar-nos aos que nos rodeiam, aos que amamos e que nos amam. Sentimo-nos imprestáveis porque não conseguimos fazer aquele treino, ler aquele livro ou dar aquele passeio. Ou porque em vez de escrevermos aquele post que andamos a adiar há tanto tempo, nos sentamos em frente à televisão, à noite, e só de lá saímos quando já estamos a dormir sentados. Sentimo-nos culpados pela nossa falta de disponibilidade mental para as coisas. Ficamos bloqueados.

O segredo para contrariar isto? Não é um caminho fácil nem óbvio. Dá muito trabalho, e requer muita força interior. Mas é só no arranque. :-) Isso vos prometo.
É só ter fé. E ter fé, não é um termo obrigatoriamente religioso. Ter fé é, basicamente, acreditar. É preciso acreditar que, contrariando a inércia provocada pelo cansaço, conseguimos olhar para o que um filho está a descobrir e conseguimos sorrir. E ajudá-lo! Ou conseguimos ler as primeiras palavras de um livro e quando damos por nós, já estamos duas ou três páginas leitura adentro! E continuamos! É preciso parar, suspirar, respirar fundo e olhar o mundo que nos rodeia com olhos de ver. É MESMO deixar o trabalho no escritório. É preciso aprender a gerir o nosso foco para coisas que nos façam mesmo desligar o cérebro. Ou focá-lo em outra coisa. O cérebro trabalha assim mesmo: por pontos de foco de atenção. E no arranque, é mesmo necessária uma energia tremenda para mudar o foco. Para vencer a inércia. Mas é possível. Eu sou da opinião que devemos mesmo perder-nos em pequenos detalhes. É mesmo necessário aprender a deixarmo-nos distrair (com conta, peso e medida, claro), para podermos depois focar-nos ainda melhor nos problemas que deixamos por resolver no escritório. E só assim se consegue ser produtivo: no trabalho, e na vida fora do trabalho! Sim, existe vida fora do trabalho, e não tem que ser chata. E não é! Mas é necessário algum esforço para se mudar as perspectivas mais pessimistas que em alturas de trabalho demasiado intenso, tendemos a deixar proliferar. Temos que confiar mais em nós e nos outros.

domingo, 19 de outubro de 2014

Conversas de criança #7: Raciocínio lógico

Acabado o almoço, estávamos todos a comer um bolinho com um cafézinho (sem açúcar aqui para a "je", claro. E sem café para o L. óooooooobviooo.).

A avó foi buscar um biscoito mais à medida do L. Mas era rijo. O L. tinha que fazer ali algum trabalho de paciência para o trincar aos pedacinhos e ir comendo. Estava ao colo do pai, como miminho de sobremesa.

Após a segunda ou terceira dentada:

- "Qué xaí..."
- "Queres saír?!??!? Já??!?"
- "Xim, qué xaííí..."
- "Primeiro tens que acabar de comer o biscoito. Não te quero a comer biscoito equanto passeias pela casa".
- "Qué 'pó chão!"
- "Não, L. Só podes sair quando acabares o biscoito. Ou então pousas o biscoito na mesa."
- "Não! Qué xair."
- "Então, deixa o biscoito na mesa. Vens cá dar uma trinca de vez em quando."
- ...
(Enfia o biscoito inteiro na boca e faz-se de enguia, escapulindo-se do colo do pai)
- ...

As hipóteses eram: ou deixas o biscoito na mesa e sais, ou acabas de comer o biscoito e só depois sais.

Como disse a avó, ele arranjou uma terceira. :-P


quinta-feira, 16 de outubro de 2014

O melhor "disfarça olheiras" que já experimentei - Review

Pois é.
Tenho a pele muito clara, e uma tendência muito acentuada para os círculos escuros por baixo do olhos (vulgo olheiras). Como uso óculos, ainda disfarça. Mas preferia que não se vissem.
Há uns tempos tinha experimentado um tal roll-on com cafeína para as olheiras e papos, da Garnier, mas não gostei nada do produto. A consistência era péssima, formava grumos (sim, grumos, imagine-se!) e não conseguia uma boa cobertura com aquilo.

Desisti durante uns anos. Depois, no fim-de-semana passado, no hiper-mercado, corredor da maquilhagem, lembrei-me que andava novamente a pensar no assunto. Havia 4 propostas: Maybeline, Bourjois, L'Oreal e Rimmel. Já tinha experimentado uma "mascara" (antes chamava-se rimel) da Maybeline, que detestei (mais grumos. beurk!), por isso passei à frente. A Bourjois também não tem grande qualidade. Uma vez comprei uma sombra que não tinha cor nenhuma e nunca mais quis nada com a marca. L'Oréal... L'Oréal deixou-me indecisa. Havia duas variantes: em tubo, ou em "baton". O baton, detesto-o. Já experimentei um da Avon e aquilo é tão rígido que creio que ficava com os olhos ainda mais negros pela força que era preciso fazer para conseguir aplicar algum produto. Para depois ainda ter que espalhá-lo. Naaaa.
O tubo, pareceu-me excessivamente caro para a quantidade, ainda por cima para produto de super-mercado. Naaaaaa..

Por exclusão de partes, Rimmel it is. É uma marca bastante antiga (que aliás deu o antigo nome à tal "mascara" para as pestanas), com cartas dadas no mundo da cosmética/maquilhagem, e a minha escolha foi feita sem hesitações, após o processo de exclusão.

Ora a proposta da Rimmel chama-se Corrector Anti-Olheiras Match Perfection.



Ladies... Vale a pena. Recomendo vivamente!

A cobertura é razoável, e olhem que eu tenho as olheiras bastante acentuadas (em parte pelo meu tom de pele claro).
Escolhi o tom 040 (soft beige) e quando experimentei nem queria acreditar. Ia um pouco ceptica, porque é difícil encontrar uma cor que se misture bem na minha pele. Mas o produto faz o que promete: adapta-se à cor da pele.
Tem um pincel aplicador que me deixa um pouco com a impressão de que há algum desperdício de produto. Se calhar preferia um tubinho, tipo pomada aplicável com a ponta do dedo, mas pronto. Eu aplico da seguinte forma: passo o pincel pela zona a disfarçar e depois passo o dedo, não arrastando, mas dando pequeninas pancadinhas, suaves. Tal como se faz para aplicar qualquer creme ou serum nos olhos.

Em poucos segundos fica-se com as olheiras absolutamente bem disfarçadas. A consistência do produto é perfeita. Cremosa, bastante hidratante, sem ser gordurosa, espalha-se muito bem. Não faz comichão, a minha pele "florzinha-de-estufa-super-sensível" não reclama. É muito confortável, mesmo. Aguenta-se tal como diz na embalagem: pelo menos umas 8 horas.

No fim do dia, é facílimo de retirar. Eu uso o desmaquilhante bifásico para olhos e lábios da Bare Minerals/Bares Escentuals. Depois passo ainda água micelar Bioderma (adoro!). Em geral, ao passar a água micelar, já não saem resíduos de produto, o que quer dizer que sai mesmo muito facilmente (ou o desmaquilhante é realmente bom. hehehe).

quarta-feira, 15 de outubro de 2014

Moda, intrigas e, liberdade de escolha

"os "esqueletos" das passarelas são humanos! pessoas, que tal como tu e eu têm sentimentos, e tal como tu e eu são "pessoas verdadeiras". aquele slogan de " a mulher verdadeira tem curvas" sempre me aborreceu, desculpem e agora vou ser um pouco rude, mas a mulher verdadeira como eu aprendi tem uma vagina. "

Sara Sampaio, a propósito das críticas destrutivas à imagem de Jessica Athayde na mais recente edição do Moda Lisboa. Obviamente, de forma simplista e visivelmente irritada, Sara quis dizer que não é o facto de terem optado por uma forma corporal com muitas restrições e regras que lhes dá acesso ao mundo das Passerelles, ou por uma forma mais livre e curvilínea, que faz das mulheres, menos mulheres! Ou falsas mulheres! Todas somos mulheres verdadeiras. Todas somos mulheres. Simplesmente, umas preocupam-se com a sua vida, outras com a vidas das outras, está visto.

Não ia comentar este assunto, mas o sururu em torno desta pequena polémica do Mundo da Moda, acaba por suscitar discussões em torno de um assunto muito importante: o subordinar das mulheres a um estereótipo. Resumindo, as críticas a uma fotografia menos feliz tirada a Jessica, aquando de um desfile de biquini, e na sua quase totalidade proferidas por mulheres, foram feias. Não é que Jessica não saiba enfrentar críticas negativas/desfavoráveis. Sendo ela actriz, tenho a certeza de que já terá enfrentado bastantes. O problema mais grave terá sido a natureza das críticas. Absolutamente destrutivas, despropositadas e, ainda por cima, totalmente desprovidas de qualquer fundamento.

A fotografia em causa é esta:


E as críticas em causa, diziam que a figura da fotografia está gorda, flácida, e mais outros "mimos" parecidos. Jessica Athayde respondeu bem, a meu ver, no seu blog pessoal. Podem ver essa resposta aqui.

Toda esta questão me fez recordar as razões pelas quais eu me mantenho à margem do mundo das passerelles. Nunca gostei de briguinhas e sei que, de uma maneira geral, os ambientes onde há demasiadas mulheres juntas, acaba sempre nisto. Em agressões e intrigas desnecessárias e que só contribuem para o agravar da má fama e do aguçar de forma negativa dos estereótipos criados em torno de nós, mulheres.

O que há a reter de tudo isto, não querendo aprofundar ainda mais os detalhes sórdidos desta questiúncula, é que: ainda há uma certa liberdade para podermos escolher a nossa própria figura. Quer queiramos ser esguias e de poucas carnes, quer queiramos esculpir umas formas mais curvas. Fazemos o que queremos do nosso corpo. A Moda não deve tornar-se numa ditadura da imagem. Nunca. Foi este ponto que me fez meter-me nesta questão. Em Portugal, cada uma e cada um é livre de decidir como usa o seu próprio corpo. Felizmente! Lembrem-se do valor disto! Em certas regiões do Mundo, esta discussão não seria sequer possível. A começar pelo facto de que nem sequer haveria uma fotografia destas para ser discutida. Quem anda para aí a criticar as formas dos corpos das outras, dedique-se mais a si própria para ver se melhora da invejite aguda e se revê um pouco os seus próprios valores.

E acabou por aqui a minha incursão sobre o tema Moda Lisboa 2014 (edição de Outono/Inverno). Que tristeza.
Obrigada.

segunda-feira, 13 de outubro de 2014

Sobre epidemias e estratégias de erradicação

Hoje quero partilhar convosco uma excelente crónica que surge no meio das notícias sensacionalistas e algo contraditórias relativas aos primeiros contágios do vírus Ébola fora do foco de origem da infecção, partilhado por 3 países da África ocidental: a Serra Leoa, a Libéria e a Guiné Conakri.

Pondo então de lado a evolução do estado de saúde das infecções confirmadas, e todo o ruído veiculado pela comunicação social nos últimos dias, foquemo-nos durante uns instantes nas estratégias adoptadas pela OMS (Organização Mundial de Saúde para os mais distraídos). A crónica refere-se às campanhas de erradicação da Varíola e de como o seu redondo falhanço foi a solução.

O problema é que uma campanha exclusivamente baseada no envio de dinheiro e medicamentos, comida e desinfectantes, junto de populações com profundo desconhecimento e desconfiança relativamente às medicinas e métodos "ocidentais" é um desperdício. O mais certo é a comida não chegar, os medicamentos serem queimados e os desinfectantes enterrados. Não. Não se trata de racismo. Não é um ponto de vista racista. É um ponto de vista que denuncia a falta de visão de uma Organização Mundial centralizada e com estratégias que não ponderavam (repare-se no tempo verbal usado: não ponderaVAM) as particularidades inerentes aos seus destinatários. Ponto de extraordinária importância!

Aquando da Erradicação da Varíola, quando as ajudas humanitárias era destruídas sem serem utilizadas, aquando do falhanço da campanha, a OMS parece ter aprendido que o investimento no envio de equipas especializadas não só em medicina, mas também nas culturas e hábitos locais, é bem mais producente do que enviar de longe dinheiro e objectos totalmente estranhos, sem qualquer explicação, simplesmente "impingidos" e forçados num acto desesperado de urgência.

Só 30 anos depois, o último foco de Varíola foi extirpado na Índia. Depois desta trabalho moroso de respeito pelos costumes e preocupação com a saúde mundial. Saúde Mundial essa que está afecta aos costumes e crenças locais, sim. Mas que pode ser mantida através de protocolos respeitosos e de diálogo que é, efectivamente, produtivo. É um processo moroso, sim, é. Mas tem que ser feito.

Claro, este é apenas um aspecto da questão. Mas é importante, sem dúvida. Há muitos outros, de caracter mais político. Mas o trabalho de resolução de outros problemas tem que ser feito a par do trabalho médico, de forma prolongada. Neste momento, o trabalho mais urgente tem que ser feito a nível local, informando e trabalhando junto das populações, para que o contágio seja travado.

Deixo-vos aqui o link para a Crónica.

(Photo by Thomas Hoepker. INDIA. Bihar. 1967. A country doctor visits a village where a mother holds her child who is sick during the 1967 samllpox epidemic. Imagem retirada daqui)

domingo, 12 de outubro de 2014

Saldo de um fim-de-semana dos infernos. Mas bom!

Há uma música que reza "There'll be a cold day in hell, before I'm coming back to you". Gary Moore. Este nome diz alguma coisa a algum de vós?

Não havia ninguém em especial para quem eu tivesse que voltar sob ameaça, mas lá que foi o tal "Cold day in hell", lá isso foi.

Mas voltemos atrás por um dia. Começando de manhã, lavei uma máquina de roupa e estendi-a lá fora. Estava um tempo tão agradável... Até chegou a fazer sol, depois daquele nevoeiro esquisito que teimava em não se dissipar. Confesso que gosto de ouvir as "buzinas" dos navios lá longe no rio, mas há um limite tolerável para nevoeiros húmidos e gelados.

Lá fui ao Yoga e de lá voltei mais descontraída. A roupa a secar. Nada mal. O miudo adiou a sesta para depois do almoço (sim, costuma ser depois do iogurte a meio da manhã). E a roupa a secar. Que bom, até já estava quase seca, as núvens não pareciam ameaçadoras, o puto acordou, lanchou e fomos passear.

Não andámos nem 4 Km, desatou a chover. Resumindo: a roupa a molhar lá fora.

Bom, já está, foda-se. Fomos passear de comboio com o miudo, para descontrair. E foi muito bom! Sou adepta dos planos de última hora.
E a roupa a molhar lá fora.

E passa a noite, passa a manhã, um iogurte a meio, mais uma sesta até à hora do almoço. E a roupa sempre a molhar lá fora. Já estava mais molhada do que quando foi lavada. Irra.

Foda-se. Já está, agora deixa-se. Dentro de casa iria secar, mas o cheiro a "cachorro molhado" seria insuportável.

Já estávamos atrasados para o almoço, e não parava de chover. Já não podíamos esperar mais. Saí de casa debaixo de um dilúvio para ir buscar o carro. Atirei os sacos todos e o guarda-chuva para o banco de trás, fechei a porta e fiz o gesto de abrir a porta da frente. Pois. E ela abiu-se. Em cheio na minha testa, com a força da mola e a força do meu braço combinadas... Ai, até vi estrelas... Felizmente estava a chover (a chover?? Estava a cair uma enxurrada!), e a frescura da água ajudou a fazer o impacto maior passar depressa.. Pronto, entrei, respirei fundo e fui buscar os meus homens para irmos embora de uma vez.

Resumindo: a roupa a molhar lá fora e um apêndice extra a crescer na testa. Bolas!

Mas o almoço foi maravilhoso! E a tarde! E o fim-de-semana todo, na verdade! O resto foram pequenos incidentes que nem sequer são originais. Olhem-me para isto:

Há bocado estava assim (embora não se veja o vergão vermelho nesta foto), agora já tinha uma mancha negra ali para o lado esquerdo. Amanhã, se houver alterações dignas de registo, não vos vou privar de tamanho espectáculo... :-P


Resumo do fim-de-semana: relaxamento, molha, passeio de comboio, roupa a molhar lá fora, molha, marrada na porta do carro, almoço em casa dos avós do pimpolho, tarde de "recados", roupa a molhar lá fora.

Previsões para a semana: aula de Localizada na 2ª, aula de Yoga na 4ª, review da fadinha da limpeza da pele, a Clarisonic. Já ando a testar a minha há uma semana, mas vou deixar passar mais uma. E o resto dos previstos e imprevistos do costume. A sério, foi um fim-de-semana em cheio! Só maldisse muito um pouco a chuva. Mas já fizémos as pazes. Até porque parece ter parado.

Nota mental para amanhã: não sair de casa sem base e restante maquilhagem. :-P